sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Parte III

Eu era de uma família muito simples, mais nunca me envergonhei disso.
Quando era ainda uma criança com apenas 7 anos de idade já trabalhava de baba, cuidava de um menino de uma família classe média alta, essa família me matriculou em escolas ótimas e completei o ensino médio graças a eles, que eram como pais pra mim.
Depois de um tempo minha mãe disse que não precisava me pagar salário, pois eles me davam de tudo, e ela havia arrumado um emprego.
Só que minha mãe, só mudou mesmo quando montei meu próprio negocio.
Aos 19 anos, prestei vestibular para odontologia, meu sonho, meu sonho era ser dentista, acho que nem era meu sonho, só que eu queria provar pra essa família que tudo que eles fizeram por mim valeu a pena... Essa senhora que considerava uma mãe veio a falecer de neorisma cerebral, nessa época ela estava morando em Uberlândia, MG. Ela implorou que a trouxesse pra São Paulo, mais ninguém quis trazer. Não por falta de dinheiro, só deus e o marido sabem o motivo.
Três meses após a morte dela, ele casou com a melhor amiga dela. Então achei melhor me afastar, fiz só dois anos de odontologia, parei a faculdade.
Como já estava com minha ótica, fiz um curso técnico pelo SENAI, só que o diploma era pego somente em Belo Horizonte.
Foram vinte pessoas fazer as provas práticas e teóricas, estava nervosa por que qualquer erro era fatal,eu não poderia ser reprovada isso era minha vida, graças a deus correu tudo bem.
Passei em todas etapas, depois de trinta dias eu estava com o diploma na mão.
Eu estava ganhando bem, com ótimos funcionários, meu filho e meu irmão estudando.
Fui falar com meu pai, para construir mais dois quartos e uma garagem. Eu iria comprar meu primeiro carro.
Coloquei carpete em todo o carro, eu o chamava de “fuca-bala”, eu adorava o fuscão, mais depois troquei por um chevete junior azul metálico. Lindo, passeava com minha família todos os finais de semana, gostava muito de ir em clube chamado Guaraci, freqüentava muito uma churrascaria na M. Boi Mirim, o dono, Sergio, era muito legal.
Eu adorava ir nessa churrascaria com meu filho, meu irmão, meus pais e minha amiga inseparável e irmã...
Lá havia alguns cavalos, e eu adorava cavalgar, me sentia livre, como se estivesse voando. Meu filho ainda muito pequeno ia comigo, colocava ele na frente com cuidado, e nós cavalgávamos por horas.
Um certo dia, fui para cavalgar, levei toda a família,eu estava de vestido branco.. E cai de cima do cavalo, ainda bem que meu filho não foi comigo, estava garoando... Me sujei toda.
Entrei no carro e fui até a entrada da churrascaria e chamei minha família pra irmos embora.
Mas quando estávamos voltando pra casa, um carro, havia um acidente, um carro bateu no outro, eu conhecia o motorista de um dos veículos, ele era dono de uma rede de supermercados, só que ele fugiu da responsabilidade, saindo do local. Não achei justo, ele bateu numa brasília velha, ele tinha vários carros, e aquele não era um dos seus melhores.

Continua...

Nesse meu blog


Não quero motivar a ser como eu, mais sim tentar conquistar um lugar a sombra, porque o sol brilha para todos, mas a sombra só os inteligentes conseguem conquistar.
Por mais difícil que seja, conquiste seu objetivo. Eu estou aos poucos conquistando as sombras das arvores para descansar e talvez encontrar uma felicidade maior ou morrer com dignidade. Posso não ter tudo que amo, mais amo tudo o que tenho.
A vida só dura pra quem é mole...
Deus abençoe a nós todos.

De Terras Estranhas para meus leitores


Hoje não tem lua no céu
Aquela rosa dourada e imensa
Naquele horizonte,
Distante
Sempre por mim alcançada,
Perdi...
A chave daquele céu
Grande
Enquanto pelas madrugadas mansas
Sem pedir licença
Hoje tem chuva zangada...
Dormindo nesse meu pedaço de amor e paz
Não aquela garoa
Manhosa
Molhando meu chão
Meu lugar...
Esta chuva sorrateira
Ensina-me uma frase pequena
Não aprendida
Para que eu te esqueça
Por que eu só aprendi uma frase
Eu te amo mais que minha própria vida
No céu não vejo estrelas, só vejo seus lindos olhos azuis
Que refletem varias vezes como um arco íris
Mesmo o céu escuro consigo ver nitidamente
Seu sorriso
Seu olhar
Meigo